Portugal – Debate sobre vacinação de crianças: um Parlamento com muita palra e pouca uva

Portugal – Debate sobre vacinação de crianças: um Parlamento com muita palra e pouca uva

A discussão de uma petição para a suspensão das vacinas contra a covid-19 em crianças serviu sobretudo para revelar a confrangedora iliteracia científica e a nula curiosidade dos deputados em analisar os mais recentes estudos sobre efeitos adversos em idade pediátrica. Nem um deputado aparentou alguma vez na vida ter olhado para a base de dados da Agência Europeia do Medicamento. Chavões e mais chavões foi o que mais se ouviu esta sexta-feira no Palácio de São Bento. Parecia estar-se em 2021. Ou na Idade das Trevas, onde se permite nada mais do que uma linha ortodoxa feita dogma.


 Cavalgar a onda e acabar por debater bugalhos quando estava em causa alhos. Foi isto que sucedeu ontem em plenário da Assembleia da República com um debate que deveria analisar uma petição criada há 18 meses – e que andou a marinar infindável tempo sob o desinteresse geral dos deputados da Comissão da Saúde – que pedia a suspensão da vacinação contra a covid-19 em crianças porque os benefícios potenciais (numa doença que, para este grupo etário é irrelevante) não justificam os potenciais e reais efeitos adversos.

Em vez de questionar os factos científicos, que se têm vindo a acumular, e as evidências já recolhidas pela Agência Europeia do Medicamento sobre os efeitos adversos em idade pediátrica, os deputados da Nação optaram por acoplar à discussão uma proposta de recomendação ao Governo para “a avaliação do impacto psicológico da pandemia a crianças e jovens em idade escolar”, uma iniciativa do partido Chega. A petição original, com 9.046 assinaturas validadas, não incidia sobre os efeitos psicológicos da pandemia; mas sim sobre aspectos clínicos das vacinas sobre as crianças.

Assembleia da República, ontem durante o debate sobre a petição.

À boleia do assunto suscitado pelo Chega, a petição acabou por perder protagonismo, não tendo havido qualquer menção à necessidade de uma análise benefício-risco da administração de vacinas em jovens saudáveis, que até já nem é recomendada pela Direcção-Geral da Saúde (DGS). Neste momento, a DGS apenas recomenda a vacinação de menores com determindas comorbilidades, e já nem sequer aconselha boosters para menores de 50 anos.

A incerteza criada em redor da eficácia das vacinas e a falta de confiança nas autoridades, que continuam a esconder dados, tem sido responsável pela forte redução na procura de boosters nesta época sazonal. Desde 13 de Janeiro deste ano, segundo os últimos três relatórios semanais da resposta sazonal em saúde, apenas cerca de 10 mil pessoas entre os 18 e os 50 anos procuraram a dose de reforço sazonal. Isto num grupo etário superior a quatro milhões de pessoas.

O debate foi, também por isso, anacrónico, parecendo estar-se ainda no ano de 2021, quando dogmaticamente se faziam profissões de fé sobre os miraculosos fármacos que livravam da morte certa vulneráveis e saudáveis de qualquer idade e condição.

Os chavões ainda lá estiveram. Houve, e ouviram-se, deputados a evocar os famosos epítetos de “chalupas” e de “extrema-direita” para se referirem aos que levantaram dúvidas e perguntas sobre a gestão da pandemia e as vacinas contra a covid-19 administradas de forma maciça e com recurso à coerção. Foi o caso paradigmático de Pedro Filipe Soares, deputado do Bloco de Esquerda, que inusitadamente até insinuou que há quem acredite que a vacinação teve como efeito adverso a deterioração da saúde mental juvenil. A bizarra extrapolação dirigia-se sobretudo ao partido Chega – e aí tinha algum sentido, embora enviesado: o evidente impacto da pandemia ao nível psicológico nos jovens, já bastante estudado, advém das restrições (muitas, absurdas), e não à vacina propriamente dita, pelo que o debate parlamentar esteve a misturar alhos com bugalhos (mesmo se ambos são de produção vegetal).

Rita Matias, deputada do Chega.

E isso mesmo disse Pedro Filipe Soares: “Não é consequência das vacinas o problema de saúde mental nas escolas”, mas como se, entre as 10 razões elencadas pelos peticionários para suspender a vacinação nos mais jovens, ali figurasse aquela.

Esta intervenção do bloquista foi posterior à da deputada Rita Matias, do Chega, que apresentou a proposta do partido liderado por André Ventura, e com quem acabou por protagonizar uma acesa troca de palavras. E vieram mais chavões, com Pedro Filipe Soares a acusar o Chega de querer “agradar aos chalupas da sociedade”. A colagem ideológica à extrema-direita foi, aliás, um dos mais estafados truques da narrativa ortodoxa que, ao longo da pandemia, negou qualquer tipo de debate racional, tachando de extremistas e anti-ciência qualquer pessoa que se atrevesse a discordar da maioria.

Em todo o caso, o Chega acabou por ser o único partido a destacar-se de uma confrangedora homogeneidade de argumentos a favor da vacinação dos mais jovens. Com efeito, Rita Matias acabou por ser a única deputada a defender que na petição constam “verdades que não podem ser negadas”, tais como a falta de “dados de segurança das vacinas e noção dos seus efeitos nocivos a médio e longo prazo”, bem como sobre o excesso de reações adversas registadas em comparação com outras vacinas.

E criticou ainda Pedro Filipe Soares por chamar chalupas aos 9.046 peticionários, acusando-o de “fazer uma salada-russa de ideias”. Sobre uma das questões em debate – o alegado carácter voluntário da toma da vacina contra a covid-19 –, a deputada do Chega também relembrou que, apesar de ser opcional, muitos portugueses foram impedidos de “aceder a restaurantes, espaços de lazer, hotéis e grupos desportivos com base no estado vacinal ou no certificado digital”.

Pedro Filipe Soares, deputado do Bloco de Esquerda.

A par do Bloco de Esquerda – que teve Pedro Filipe Soares como protagonista a defender que “não são os decisores políticos que se devem substituir aos decisores técnicos no que toca à matéria de saúde” –, as intervenções do PCP, do Livre e do PAN tiveram em comum um lavar de mãos sobre a matéria, atribuindo a responsabilidade das decisões às autoridades sanitárias.

“Não existe nenhum medicamento nem nenhuma vacina que seja completamente inócuo, há sempre riscos associados”, frisou o deputado João Dias, do PCP, afirmando ainda que “devemos respeitar as decisões das autoridades de saúde pública”.

A deputada do PAN Inês Sousa Real, por seu turno, seguiu o mesmo diapasão, mas realçou ainda que “sempre defende[mos] a “não-discriminação” com base no estatuto vacinal, mas sim apenas com base num certificado de teste negativo. Algo que tem pouca base científica: um teste negativo não garante que a pessoa não esteja, nesse preciso momento, sem infecção.

Na sua maioria, as intervenções dos deputados foram meras réplicas dos argumentos já repetidos até à exaustão, sobretudo ao longo de 2021, para se justificar a administração das vacinas nas camadas mais jovens. Note-se que a própria Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC) já não se pronuncia sobre a administração em crianças desde 10 de Dezembro de 2021, sabendo-se que ao longo do ano passado o conhecimento científico sobre os efeitos adversos neste grupo etário se aprofundou bastante.

Inês Sousa Real, deputada do PAN.

Quanto aos dois principais partidos, o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD) assumiram posições quase indiscerníveis sobre o tema. Convergindo com o PS, a deputada social-democrata Cláudia Bento – uma médica nefrologista que foi nomeada relatora desta petição em Junho de 2022 – , reafirmou a importância da vacinação, mas sem dados: limitou-se a reiterar que são “seguras e eficazes”, apelando a que se confie “na Ciência e nas directrizes da autoridades de saúde”. Mas a Ciência esteve ausente porque nenhum deputado citou um estudo sequer ou um número válido e correcto sobre os efeitos adversos em crianças.

A “evidência científica” andou sempre de boca em boca como o Credo. Como na da deputada socialista Anabela Rodrigues que ainda afirmou que “as crianças são susceptíveis de infecção”, mas sem qualquer referência à taxa de letalidade, e invocando o aval das várias entidades de saúde, nacionais e internacionais, como a Agência Europeia do Medicamento e a Organização Mundial da Saúde.

Já Bernardo Blanco, deputado do Iniciativa Liberal, reconheceu ser “muito raro [jovens e crianças] desenvolverem problemas decorridos da covid-19”, e que há casos relatados de miocardites e pericardites após a vacinação. Contudo, ressalvou que estes efeitos adversos são também “muito raros”, e salientou que “o importante é que as famílias portuguesas possam escolher e o façam com cada vez mais informação”.

Clara Bento, deputada do Partido Social Democrata.

Na verdade, o deputado liberal foi o único que lá se muniu de um número: 1.007 miocardites em cerca de 50 milhões de vacinas administradas em jovens europeus, referindo-se a dados recentemente revelados pela Agência Europeia do Medicamento.

Esqueceu-se o deputado, em todo o caso, de referir que, dessas 1.007, houve 13 que resultaram em desfechos fatais, e que já foram notificadas à Agência Europeia do Medicamento um total de 125 mortes de crianças e adolescentes por forte suspeita de associação com as vacinas contra a covid-19, como o PÁGINA UM já relatou com base nos dados da EudraVigilance. E que as mortes e outras afecções, muitas com graves sequelas, não foram apenas cardíacas, mas também pulmonares e neurológicas.

Rui Tavares, do Livre, foi quem mais defendeu a vacinação de crianças como estratégia eticamente aceitável, porque terá, segundo ele, contribuído para diminuir a mortalidade geral, como se já não tivesse sido descartada há muito, mesmo pelas farmacêuticas, a possibilidade de se conseguir imunidade de grupo. Ou seja, já se sabe cientificamente que vacinar crianças saudáveis não concede qualquer protecção a idosos; aquilo que os pode proteger, na melhor das hipóteses, é eles se vacinarem. Sendo assim, mostra-se imprudente, e até contra as regras médicas, colocar em risco um grupo (idade pediátrica) de baixo risco. Saliente-se que a letalidade (sem vacina) para os menores de 20 anos é de 0,0003%, segundo um estudo este mês publicado numa reputada revista científica, e que tem como co-autor John Ioannidis, o mais citado epidemiologista mundial.

Rui Tavares, deputado do Livre.

Mas o deputado do Livre ainda foi mais longe: “Sem vacinação contra a covid-19 teríamos tido 10 vezes, provavelmente, mais mortalidade do que tivemos”, garantiu, fazendo até um paralelismo com a penumónica de 1918, que atingiu o Mundo numa época em que os avanços médicos e tecnológicos eram muito mais fragéis, e a condição de saúde mais débil. Saliente-se que a esperança média de vida há um século rondava os 40 anos em Portugal – e também que a pneumónica (ou gripe espanhola) se tornou menos virulenta (com o surgimento de variantes) antes de se encontrar qualquer vacina eficaz.

Sobre as potencialidades das vacinas para se evitar uma catástrofe humana durante a pandemia, recorde-se também que em Portugal tinham morrido cerca de sete mil pessoas por covid-19 até finais de 2020, antes do programa de vacinação. O número subiria para os 17 mil em Maio de 2021, quando já a esmagadora maioria da população mais vulnerável estava vacinada. Neste momento, ronda os 26 mil óbitos. Rui Tavares defendeu assim ser plausível que, sem vacinas, tivessem morrido 260 mil pessoas apenas de covid-19.

Obviamente, tudo isto disse o deputado do Livre sem citar qualquer artigo científico validado e sem sequer referir que os estudos científicos mostram que a Ómicron fez, por si só, baixar significativamente a letalidade do SARS-CoV-2, e que os ganhos da vacinação com as novas variantes (que tornaram a covid-19 mais transmissível e rapidamente endémica) são desprezíveis ou mesmo nulos abaixo dos 40 anos de idade. E isto sem se conhecer os efeitos a longo prazo.

Augusto Santos Silva, deputado do Partido Socialista e presidente da Assembleia da República.

Na verdade, embora muitos deputados tivessem assumido a existência de efeitos secundários como “normais” em todos os fármacos, foram evidentes as dificuldades em lidar com argumentação científica sustentada mesmo quando a Ciência foi evocada e invocada – tanto ao nível dos efeitos adversos com sequelas como ao nível de mortes –, sabendo-se ser com números (e não com profissões de fé) que se decide se o benefício compensa o risco. Nesse aspecto, e é quase tudo, nenhum deputado mostrou estar habilitado.

Em suma, muita palra para tão pouco sumo. Se vantagens houve no debate da petição e da recomendação proposta pelo Chega – que seria chumbada – foi o de se saber que os deputados portugueses continuam apenas com chavões na boca e a necessitarem urgentemente de uma rápida reciclagem científica à cabeça. O Google Scholar ajudaria, embora depois dê trabalho ler o que a Ciência tem revelado nos últimos tempos sobre estas matérias – não convém muito ir ao ChatGPT, diga-se, porque (ainda) repete chavões, e ainda não está ligado a artigos científicos.

Pedro Almeida Vieira

Maria Afonso Peixoto

Via resistir.info

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“Somos cobaias humanas”: Taxas alarmantes de acidentes após vacinas mRNA exigem acção urgente

“Somos cobaias humanas”: Taxas alarmantes de acidentes após vacinas mRNA exigem acção urgente

À medida que surgem dados oficiais dos governos na Europa e nos EUA acerca do número alarmante de mortes e com paralisias permanentes, bem como outros efeitos colaterais graves das vacinas experimentais de mRNA, está a ficar claro que nos pedem para sermos cobaias humanas num experimento que poderia alterar a estrutura do gene humano e até muito pior. Enquanto os media convencionais ignoram dados alarmantes, incluindo a morte de incontáveis jovens vítimas saudáveis, a política da vacina corona está a ser promovida por Washington e Bruxelas junto com a OMS e o Cartel de Vacinas com toda a compaixão de uma “oferta da máfia que você não pode recusar”.

O alarmante relatório da EMA

Em 8 de Maio, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), uma agência da União Europeia (UE) responsável pela avaliação e supervisão de produtos médicos, usando o banco de dados EudraVigilance que colecta notificações de suspeitas de efeitos colaterais de medicamentos, incluindo vacinas, publicou um relatório que mal foi mencionado nos grandes media.

Até 8 de Maio de 2021, eles haviam registado 10.570 mortes e 405.259 lesionados após injecções de quatro vacinas experimentais do COVID-19 : COVID-19 mRNA VACINA da MODERNA (CX-024414); VACINA DE ARNm COVID-19 da PFIZER-BIONTECH; COVID-19 VACCINE da ASTRAZENECA (CHADOX1 NCOV-19); e Janssen COVID-19 VACCINE da Johnson & Johnson (AD26.COV2.S).

Uma análise pormenorizada de cada vacina apresenta os seguintes resultados:

A vacina com edição do gene do mRNA da Pfizer-BioNTech resultou nas maiores fatalidades – 5.368 mortes e 170.528 feridos ou quase 50% do total para todos os quatro.

A vacina de mRNA da Moderna foi a segunda com 2.865 mortes e 22.985 feridos. Ou seja, as duas únicas vacinas experimentais de mRNA com manipulação genética, Pfizer-BioNTech e Moderna, foram responsáveis por 8.233 mortes do total de 10.570 mortes registadas. Isso representa 78% de todas as mortes causadas pelas quatro vacinas actualmente em uso na UE.

E entre os efeitos colaterais graves ou lesões registadas pela EMA, para as duas vacinas de mRNA que focamos neste artigo, para a vacina “experimental” da Pfizer, a maioria das lesões relatadas incluiu doenças do sangue e do sistema linfático, incluindo mortes; distúrbios cardíacos, incluindo mortes; distúrbios músculo-esqueléticos e dos tecidos conjuntivos; distúrbios respiratórios, torácicos e mediastinais e distúrbios vasculares.

Para a vacina de mRNA da Moderna, as lesões mais graves ou as causas de morte incluíram doenças do sangue e do sistema linfático; distúrbios cardíacos; distúrbios músculo-esqueléticos e dos tecidos conjuntivos; distúrbios do sistema nervoso central . Observe que essas são apenas as lesões mais graves relacionadas a essas duas vacinas de mRNA geneticamente manipuladas. A EMA também observa acreditar-se que apenas uma pequena percentagem das mortes reais por vacinas ou efeitos colaterais graves, talvez apenas 1% a 10%, são relatados por várias razões. Oficialmente, mais de 10.000 pessoas morreram após receber as vacinas contra o coronavírus desde Janeiro de 2021 na UE. Esse é um número assustador de mortes relacionadas à vacina, mesmo que os números verdadeiros sejam muito maiores.

CDC também

Até mesmo os Centros de Controle de Doenças dos EUA (CDC), uma agência notoriamente política e corrupta com laços lucrativos com fabricantes de vacinas, no seu Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS), mostra um total de 193.000 “eventos adversos”, incluindo 4.057 mortes, 2.475 deficiências permanentes, 25.603 visitas ao pronto-socorro e 11.572 hospitalizações após injecções [contra o] COVID-19 entre 14 de Dezembro de 2020 e 14 de Maio de 2021. Isso incluiu as duas vacinas de mRNA, Pfizer e Moderna, e a vacina J&J Janssen, muito menos predominante. Das mortes relatadas, 38% ocorreram em pessoas que adoeceram dentro de 48 horas após serem vacinadas. O número oficial de mortes relacionadas à vacina nos EUA é maior em apenas 5 meses do que todas as mortes relacionadas à vacina nos últimos 20 anos combinados. Mesmo assim, os grandes media mundiais e o governo dos Estados Unidos praticamente enterram os factos alarmantes .

Cerca de 96% dos resultados fatais foram das vacinas Pfizer e Moderna, as duas variantes financiadas e promovidas pela Fundação Gates e o NIAID de Tony Fauci com a tecnologia genética experimental de mRNA.

Além disso, o Dr. Tony Fauci, o secretário de vacinas da Administração Biden dos EUA e seu Centro de Pesquisa de Vacinas NIAID co-projectaram a vacina da mRNA Moderna e deram à Moderna e à Pfizer US$6 mil milhões para produzi-la. Isso também é um conflito de interesses flagrante, já que Fauci e seu NIAID têm permissão para se beneficiar financeiramente de seus ganhos com patentes na vacina sob uma curiosa lei dos EUA . O NIAID desenvolveu as proteínas de pico (spike) do coronavírus para o desenvolvimento de vacinas de mRNA da SARS-CoV-2 usando o dinheiro do contribuinte. Eles licenciaram-na para a Moderna e a Pfizer.

“Nunca visto na natureza…”

Num sentido trágico, a experiência com reacções às duas sem precedentes vacinas experimentais de mRNA desde o seu lançamento a uma também sem precedentes “velocidade relâmpago” quando o governo dos Estados Unidos a pediu, só agora começa a ser vista, em testes reais com cobaias humanas. Poucos percebem que as duas vacinas de mRNA usam manipulações genéticas que nunca antes foram utilizadas em humanos. E sob a cobertura da urgência, autoridades de saúde dos EUA e da UE dispensaram os testes normais em animais e nem mesmo aprovaram a sua segurança, mas deram uma “autorização de uso de emergência”. Além disso, os fabricantes de vacinas ficaram isentos de danos de litigação a 100%.

O público em geral foi tranquilizado sobre a segurança das vacinas quando a Pfizer e a Moderna publicaram relatórios de 94% e 95% de “eficácia” das mesmas. Fauci do NIAID foi rápido a classificar isto como “extraordinário” em Novembro de 2020, e muitíssimo rápido a aproveitar-se do preço das acções da Pfizer e Moderna.

Peter Doshi, Editor Associado do British Medical Journal apontou uma enorme falha nos relatórios dos mais de 90% de eficácia para as vacinas da Moderna e da Pfizer. Ele observou que as percentagens são relativas, em relação ao pequeno grupo seleccionado de teste de jovens saudáveis, e não absolutas como na vida real. Na vida real, queremos saber a eficácia da vacina entre a grande generalidade da população.

Doshi aponta o facto de que a Pfizer excluiu mais de 3400 “casos suspeitos de COVID-19” que não foram incluídos na análise provisória. Além disso, os indivíduos “em ambos os testes da Moderna e da Pfizer foram considerados positivos para o SARS-CoV-1 – (o vírus asiático de 2003 da SARS), apesar da infecção anterior ser motivo de exclusão”, observa Doshi. Ambas as empresas se recusaram a divulgar seus dados primários.

Os cientistas empregados pela Pfizer fizeram seus testes. Em suma, 95% é o que a Pfizer ou a Moderna afirmam. Disseram-nos: “Confiem em nós”. Uma estimativa mais realista da verdadeira eficácia das duas vacinas para o público em geral, usando dados fornecidos pelos fabricantes de vacinas ao FDA, mostra que a vacina Moderna no momento da análise provisória demonstrou uma redução de risco absoluto de 1,1%, ao passo que na da Pfizer a redução do risco absoluto da vacina foi de 0,7%. Isso é muito pouco.

Peter Hotez, reitor da Escola Nacional de Medicina Tropical do Baylor College of Medicine, em Houston, diz: “O ideal é que uma vacina antiviral faça duas coisas … Primeiro, reduza a probabilidade de você ficar gravemente doente e ir para o hospital e, segundo, previna a infecção e, portanto, interrompa a transmissão da doença”. Como observa Doshi, nenhum dos estudos foi “concebido para detectar uma redução em qualquer resultado grave, como internamentos hospitalares, uso de terapia intensiva ou mortes. Nem as vacinas estão a ser estudadas para determinar se podem interromper a transmissão do vírus”. O responsável médico chefe da Moderna até admitiu que “O nosso ensaio não demonstrará a prevenção da transmissão”.

Possíveis efeitos das vacinas de mRNA

Num importante novo estudo recém-publicado no International Journal of Vaccine Theory, Practice and Research,a Dra. Stephanie Seneff, cientista sénior do Laboratório de Ciência da Computação e Inteligência Artificial do MIT, e o Dr. Greg Nigh, especialista em oncologia naturopática, analisam em pormenor as possíveis vias pelas quais as vacinas experimentais de mRNA da Pfizer e Moderna poderiam estar a causar tais efeitos adversos nos vacinados. Primeiro, eles apontam que as vacinas editadas por genes da Pfizer e da Moderna são altamente instáveis: “Ambas são administradas por meio de injecção muscular e ambas requerem armazenamento ultracongelado para evitar que o RNA se parta. Isso se verifica porque, ao contrário do DNA de fita dupla, que é muito estável, os produtos de RNA de fita simples podem ser danificados ou ficarem impotentes em temperaturas elevadas e devem ser mantidos extremamente frios a fim de reter a sua eficácia potencial . ” A Pfizer recomenda 70° Celsius negativos.

Os autores apontam que, a fim de evitar que o mRNA se decomponha antes que possa produzir proteína, os dois fabricantes de vacinas substituem a metil-pseudouridina para estabilizar o RNA contra a degradação, permitindo que sobreviva o tempo suficiente para produzir quantidades adequadas de antígeno protéico. O problema que eles apontam é que, “Esta forma de mRNA entregue na vacina nunca é vista na natureza e, portanto, tem potencial para consequências desconhecidas… a manipulação do código da vida pode levar a efeitos negativos completamente imprevistos, potencialmente a longo prazo ou mesmo permanente “.

Adjuvantes PEG e choque anafilático

Por várias razões para evitar o uso de adjuvantes de alumínio para aumentar a resposta anticorpo, ambas as vacinas mRNA usam polietileno glicol, ou PEG, como adjuvante. Isto tem consequências. Os autores destacam: “…ambas as vacinas mRNA actualmente implantadas contra COVID-19 utilizam nanopartículas à base de lipídios como veículos de entrega. A carga de mRNA é colocada dentro de um invólucro composto de lipídios sintéticos e colesterol, junto com PEG a fim de estabilizar a molécula de mRNA contra a degradação “.

O PEG demonstrou produzir choque anafilático ou reacções alérgicas graves. Em estudos de vacinas anteriores sem mRNA, as reacções de choque anafilático ocorreram em 2 casos por milhão de vacinações. Com as vacinas mRNA, o monitoramento inicial revelou que “a anafilaxia ocorreu a uma taxa de 247 por milhão de vacinações. Isto é mais de 21 vezes maior do que o relatado inicialmente pelo CDC. A segunda exposição à injecção pode causar um número ainda maior de reacções anafiláticas”. Um estudo observou: “PEG é um alergenio ‘oculto’ de alto risco, geralmente insuspeito, e pode causar reacções alérgicas frequentes devido à re-exposição inadvertida“. Entre tais reacções estão incluídos o colapso cardiovascular com risco de vida.

Isso está longe de constituir a totalidade dos riscos não declarados das vacinas experimentais mRNA contra o coronavírus.

Aumento dependente de anticorpos

O aumento dependente de anticorpos (ADE) é um fenómeno imunológico. Seneff e Nigh observam que “o ADE é um caso especial do que pode acontecer quando níveis baixos e não neutralizantes de … anticorpos contra um vírus estão presentes no momento da infecção. Esses anticorpos podem estar presentes devido a … vacinação anterior contra o vírus…” Os autores sugerem que, no caso das vacinas mRNA da Pfizer e da Moderna, “os anticorpos não neutralizantes formam complexos imunes com antígenos virais para provocar secreção excessiva de citocinas pró-inflamatórias, e, em casos extremos, uma tempestade de citocinas causando dano generalizado ao tecido local “.

Para ser claro, normalmente as citocinas fazem parte da resposta imunológica do corpo à infecção. Mas sua liberação súbita em grandes quantidades, uma tempestade de citocinas, pode causar falência de órgãos de vários sistemas e morte. Nosso sistema imunológico inato sofre uma liberação descontrolada e excessiva das moléculas sinalizadoras pró-inflamatórias chamadas citocinas.

Os autores acrescentam que “anticorpos pré-existentes, induzidos por vacinação prévia, contribuem para danos pulmonares graves por SARS-CoV em macacos…” Outro estudo citado mostra que a gama muito mais diversificada de exposições anteriores a coronavírus, como a gripe sazonal experimentada pelos idosos, pode predispô-los a ADE após a exposição ao SARS-CoV-2″. Isto é uma possível explicação para a alta incidência de mortes pós-vacinação de mRNA entre idosos.

Os fabricantes de vacinas têm uma maneira inteligente de negar a toxicidade de suas vacinas mRNA. Como afirmam Seneff e Nigh, “não é possível distinguir uma manifestação de doença ADE de uma verdadeira infecção viral não ADE”. Mas fazem o destaque revelador: “A esta luz, é importante reconhecer que, quando doenças e mortes ocorrem logo após a vacinação com uma vacina mRNA, nunca se pode determinar definitivamente, mesmo com uma investigação completa, que a reacção da vacina não foi uma causa próxima “.

Os autores apontam vários outros pontos alarmantes, incluindo o surgimento de doenças auto-imunes, como a doença celíaca, uma doença do sistema digestivo que danifica o intestino delgado e interfere na absorção de nutrientes dos alimentos. Também a síndrome de Guillain-Barré (GBS) que causa fraqueza muscular progressiva e paralisia. Além disso, a trombocitopenia imune (ITP) em que uma pessoa tem níveis anormalmente baixos de plaquetas – as células que ajudam o sangue a coagular – pode ocorrer após a vacinação “por meio da migração de células imunes que transportam uma carga de nanopartículas mRNA através do sistema linfático para o baço… ITP aparece inicialmente como petéquias ou púrpura na pele e / ou sangramento das superfícies mucosas. Tem um alto risco de morte por hemorragia e derrame “.

Estes exemplos são indicativos do facto de estarmos literalmente a expor a raça humana – por meio de vacinas mRNA editadas por genes experimentais não testados – a perigos incalculáveis que no fim podem exceder em muito qualquer risco potencial de dano a partir de algo que tem sido chamado de SARS-Cov-2. Longe da tão apregoada substância milagrosa proclamada pela OMS, Gates, Fauci e outros, as vacinas da Pfizer, da Moderna e outras mRNA possíveis claramente possuem consequências imprevistas potencialmente trágicas e até catastróficas. Não é de admirar que alguns críticos acreditem que seja um veículo disfarçado para a eugenia humana.

F. William Engdalh

27/Maio/2021
F. William Engdalh : Consultor de risco estratégico. Muitas das suas obras estão aqui .

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CEO da Pfizer fez comentários ‘enganosos’ sobre vacinas COVID para crianças, descobre regulador do Reino Unido

CEO da Pfizer fez comentários ‘enganosos’ sobre vacinas COVID para crianças, descobre regulador do Reino Unido

O CEO da Pfizer, Albert Bourla, Ph.D., fez comentários “enganosos” e “não qualificados” promovendo o uso de vacinas de mRNA COVID-19 para crianças pequenas durante uma entrevista na BBC, descobriu uma agência reguladora do Reino Unido.

A Autoridade do Código de Prática de Medicamentos de Prescrição (PMCPA), um órgão auto-regulador independente estabelecido pela Associação da Indústria Farmacêutica Britânica (ABPI), descobriu que Bourla violou várias regras em seu Código de Prática para publicidade.

O regulador da indústria farmacêutica do Reino Unido, UsForThem, apresentou a queixa à PMCPA. Em uma postagem da Substack após a decisão, UsForThem acusou o editor médico da BBC, Fergus Walsh, de conduzir a entrevista “como um bate-papo amigável ao lado da lareira”, dando a Bourla “uma oportunidade promocional de passe livre que o dinheiro não pode comprar”, permitindo-lhe promover a aceitação da vacina, principalmente entre crianças pequenas para as quais a vacina ainda não havia sido autorizada.

Como emissora de serviço público nacional do Reino Unido, a BBC deve seguir diretrizes rígidas em relação à publicidade comercial ou à colocação de produtos, que UsForThem disse que a entrevista de Bourla não seguiu.

A BBC publicou a entrevista com Bourla em dezembro de 2021 em seu site, seu aplicativo de notícias e no programa “BBC News at One”, como uma entrevista em vídeo e um artigo que a acompanha, “Pfizer boss : Annual Covid jabs for years to come.”

A entrevista foi ao ar dois dias depois que o governo do Reino Unido anunciou que concordou em comprar mais 54 milhões de doses das vacinas de mRNA da Pfizer-BioNTech e mais 60 milhões da Moderna.

O PMCPA pode multar Bourla apenas por custos administrativos. Não tem autoridade para impor outras penalidades.

A BBC é o membro fundador da Trusted News Initiative (TNI). No mês passado, a Children’s Health Defense processou a BBC e três outros membros do TNI, alegando que eles fizeram parceria com várias grandes empresas de tecnologia para “censurar coletivamente as notícias online”, incluindo histórias sobre o COVID-19 que não estavam alinhadas com as narrativas oficiais sobre essas questões.

Bourla: imunizar crianças pequenas ‘seria uma ótima ideia’

Na entrevista à BBC, Bourla disse que cabia às agências reguladoras determinar se aprovavam e distribuíam vacinas para crianças menores de 11 anos, mas ele achava que “imunizar essa faixa etária no Reino Unido e na Europa seria uma ideia muito boa”, segundo ao relatório de caso PMCPA publicado na semana passada.

Na época, nenhuma vacina COVID-19 havia sido aprovada pela Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) do Reino Unido para crianças menores de 12 anos, então o painel considerou que os comentários de Bourla violavam o código.

Citando possíveis interrupções na escolaridade e o potencial para COVID longo, Bourla também disse: “Portanto, não havia dúvida de que os benefícios eram totalmente a favor de fazê-lo [vacinar crianças contra o COVID-19]”.

Ele acrescentou: “Acho que é uma boa ideia”.

O painel descobriu que essas fortes declarações de opinião podem levar o público a inferir que não há necessidade de se preocupar com possíveis efeitos colaterais ou que os benefícios da vacinação superam os riscos, que não foram determinados pelas autoridades de saúde.

Em 11 de dezembro de 2021, a UsForThem apresentou sua reclamação ao PMCPA citando a natureza promocional dos relatórios da BBC e a falha de Bourla em cumprir as regras do Reino Unido que regem a promoção de medicamentos.

Depois que a PMCPA decidiu que as declarações de Bourla violavam uma série de regras do código de prática da ABPI, a Pfizer apelou, incluindo que suas declarações eram de “natureza forte e não qualificada”.

O regulador também disse que as declarações implicavam que “não havia necessidade de se preocupar com os possíveis efeitos colaterais da vacinação em crianças saudáveis ​​de 5 a 11 anos” e que a implicação era “enganosa e incapaz de comprovação”.

O conselho de apelação manteve cinco acusações de violação de três códigos da ABPI que exigem informações e alegações “para serem precisas, equilibradas, capazes de comprovação, não gerando esperanças infundadas de tratamento bem-sucedido e não serem enganosas com relação à segurança do produto”, O Epoch Times informou.

O PMCPA publicou sua decisão final em 27 de janeiro, mais de um ano após a apresentação da queixa inicial.

Durante esse período – em fevereiro de 2022 – o Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização do Reino Unido determinou que crianças de 5 a 11 anos poderiam receber a vacina, mas o comitê disse que a recomendação era “não urgente”.

UsForThem comemorou no Twitter:

Nem a Pfizer nem a Bourla comentaram publicamente a decisão.

O Epoch Times informou que em uma declaração de novembro de 2022 sobre o caso, um porta-voz da Pfizer disse que a empresa estava “comprometida com os mais altos níveis de integridade em qualquer interação com o público”.

A partir de 12 de fevereiro, o Reino Unido não recomendará mais reforços de COVID-19 para pessoas saudáveis ​​com menos de 50 anos e interromperá a distribuição gratuita da série primária de duas doses, informou o The Defender.

Brenda Baletti

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Cuestión nacional y la burguesía subalterna en América Latina

La miseria y la desigualdad social persisten como características centrales de las naciones latinoamericanas en general, y para enfrentarla es necesario entender sus raíces históricas. Para ello, destacamos en este ensayo el papel y el carácter de las burguesías latinoamericanas, analizando las principales razones por las que esta clase dominante se opone históricamente a los procesos nacionales que buscan una mayor autonomía y la superación de la pobreza en esta región situada en la periferia sistémica del capitalismo.

Los debates sobre la llamada “cuestión nacional” se iniciaron hace más de cien años, pero siguen siendo fundamentales para la interpretación de las particularidades históricas de nuestra América (en términos de José Martí). Por lo tanto, deben orientar la táctica y la estrategia de las luchas para superar la explotación y la sumisión a los intereses externos, condición de la que aún hoy somos rehenes. En este nuevo siglo, con el agravamiento de la crisis estructural del capitalismo, este escenario se agrava, lo que se observa en una serie de golpes de Estado “modernos” y retrocesos sociales que han estado ocurriendo por toda América. 

Sobre la cuestión nacional

En las primeras décadas del siglo pasado se produjeron importantes avances en la lucha de clases, la organización de la clase obrera y la producción teórica –tanto en el mundo como especialmente en América. En el contexto latinoamericano, hacia la década de 1920 se hizo evidente el impacto de la Revolución Rusa: se crearon varios partidos comunistas en las naciones del continente. A raíz de este impulso organizativo, la recién fundada Tercera Internacional (la Internacional Comunista) comenzó a considerar con mayor atención a las naciones americanas, fomentando los debates sobre la cuestión nacional en nuestra América.

Bajo la influencia dialógica de la nueva Internacional, a principios del periodo de entreguerras, todavía dirigida democráticamente por Lenin, se empezaron a sistematizar las aportaciones críticas a una interpretación de la realidad histórica y social de nuestras naciones. Los análisis producidos en el período cuestionaron los dogmas positivistas y eurocéntricos que dominaban las tesis de la Segunda Internacional (la Internacional Socialista, de orientación parlamentaria y pacifista). Sin embargo, a pesar de estos avances analíticos, las limitadas perspectivas socialistas de la Segunda Internacional, anquilosadas por la influencia del positivismo evolucionista del siglo XIX, pronto volverían a tener la hegemonía del movimiento comunista internacional, cuando Stalin subió al poder –con la burocratización política y el materialismo mecanicista que oscurecería la anterior libertad del pensamiento crítico dialéctico.

A pesar de este retroceso, grandes pensadores americanos han mantenido una defensa coherente de un análisis efectivamente dialéctico de la realidad de sus naciones nacientes, manifestándose en contra de las concepciones artificialmente trasplantadas de Europa a América. 

En este sentido, buscamos aquí promover una reflexión sobre la cuestión nacional en América Latina, analizando problemas y rasgos fundamentales comunes a la mayoría de los pueblos americanos, en particular: la tesis socio-histórica del evolucionismo social (etapismo, o evolución social por etapas); y su consecuente derivación política práctica, el aliancismo (la alianza sumisa que deberían hacer los trabajadores con porciones supuestamente “nacionalistas”” de la burguesía, según la idea de un supuesto primer momento “democrático-burgués” de la revolución, que sería anterior a la etapa propiamente socialista). 

Entre los análisis producidos en este período, los temas más relevantes para pensar la cuestión nacional son: las interpretaciones de la formación social de los países americanos y, en consecuencia, la investigación de las particularidades de los procesos revolucionarios independentistas; la lucha contra el imperialismo, especialmente el de los Estados Unidos; las alianzas serviles de las élites nacionales con las extranjeras; la cuestión agraria (latifundio, etc.), como uno de los principales factores de la formación política, económica y social de nuestras naciones. 

Del “sentido externo” de la colonización al imperialismo

Como premisa de las causas fundamentales que subyacen a las desigualdades producidas en los países latinoamericanos, señalamos el “sentido externo” de nuestra colonización –concepto desarrollado por Caio Prado Júnior (2000)–, proceso que vincula el vector mercantil de nuestra evolución nacional a la expansión del mercado mundial. A través de la colonización, sometidos a una metrópoli dominante, nos insertamos en un sistema de poder en el que los circuitos comerciales y financieros seguían la lógica del intercambio desigual, basado en el precepto de “comprar barato y vender caro”. Esta lógica –materializada a costa de la expoliación de la riqueza, el genocidio y la esclavización de los pueblos originarios americanos y africanos– fue la base de la acumulación primitiva de capital (MARX, 2013), convirtiéndose en el fundamento de la formación social de los países de América.

Es importante señalar que la inserción de los países latinoamericanos en la acumulación primitiva está en la base de su formación económica y social. Mientras esto permitió una acumulación sin precedentes a los países centrales, impidió el desarrollo en las colonias, al extorsionar sus riquezas enviándolas al exterior (CUEVA, 1983). Este proceso, mantenido durante más de tres siglos, configuró la herencia colonial y la matriz económica, social, cultural y política de nuestras naciones. 

De hecho, el propio Caio Prado generalizó a los demás países del continente su clásica afirmación del “sentido de colonización” brasileño, o sea: el Brasil como siendo parte del negocio capitalista europeo (PRADO Jr., 2000). En “Zonas tropicais da América” (1936, manuscrito del Fundo Caio Prado Jr./Arquivo IEB-USP), él extiende su idea de Brasil a la América Latina en general, en un interesante ensayo desafortunadamente poco conocido –aún no publicado como libro por problemas de derechos de autor (ya que sus herederos siguen teniendo los derechos patrimoniales sobre los escritos y obstruyendo la difusión de las ideas del marxista).

Tomar esta afirmación caiopradiana por su raíz, supone entender la formación que aquí se produce como una experiencia única de colonización, que somete el sentido de la construcción de toda nuestra estructura social a los intereses del mercado europeo (VIEIRA, 2018). La particularidad de nuestra colonización tiene como tríada básica: el latifundio; la tendencia al monocultivo; y el trabajo obligatorio (en el límite, la esclavitud). Como resultado de esta combinación, cristalizó una sociedad segregada que respondía a las necesidades de acumulación exigidas por las economías centrales del capitalismo. 

La degradante herencia colonial no fue superada por las independencias políticas –restringidas e incompletas– que se produjeron en el siglo XIX. Estos procesos de independencia truncados sólo respondieron a los cambios en la dominación de los países centrales, y representan un patrón oligárquico-dependiente de desarrollo capitalista (CUEVA, 1983). Las sociedades latinoamericanas, generadas a partir de los procesos de independencia, siguieron teniendo su modo de producción basado en la esclavitud, la concentración de la tierra y la producción de bienes primarios, dirigidos principalmente al mercado externo. 

La emancipación del estatus colonial, además de no significar la superación de determinantes fundamentales del período anterior, mantuvo su núcleo y proporcionó la profundización de sus raíces, especialmente por la mayor inserción de los países en el mercado mundial, a partir de los intereses del nuevo dominio imperial que se impuso: el de Inglaterra. 

Así, la decadencia de los países ibéricos (Portugal y España), primeros usurpadores de los pueblos y territorios americanos, y la puesta en marcha de procesos de independencia política no supusieron una ruptura de las condiciones de intercambio desigual y de orientación de la producción en función de las demandas externas. Por el contrario, algunos países se integraron más activamente en el mantenimiento de la misma lógica. Esta mayor integración en el mercado mundial se produjo a partir de dos vectores: las condiciones reales de cada país y los cambios derivados del avance de la industrialización en los países centrales del sistema capitalista. De esta manera, se insertaron primero Chile, Brasil y luego Argentina, que habían desarrollado una infraestructura económica en la fase colonial y fueron capaces de producir condiciones políticas estables (MARINI, 2017).

El final del siglo XIX estuvo marcado por importantes cambios en el centro sistémico geopolítico: nuevas potencias se proyectan hacia el exterior, especialmente Alemania y Estados Unidos, este último con una política especialmente centrada en el continente americano. En los países centrales también hay una reorganización de la producción, basada en el aumento de la industria pesada y la tecnología. De este modo, la economía comenzó a concentrar sus unidades productivas, creando las condiciones para la aparición de monopolios. Esta característica es la marca principal de la nueva fase de desarrollo del capitalismo: el imperialismo. 

Según Lenin (1987), hasta la transición del siglo XIX al XX, la base del sistema económico era la libre competencia y el libre comercio, en el que la concentración de la producción y el capital, y la aparición de monopolios eran las principales características. A partir de la aparición de los monopolios, marca fundamental del imperialismo, el proceso de acumulación capitalista produciría una tendencia cada vez mayor a la concentración, tanto del capital industrial como del financiero. El resultado de esta reorganización fueron grandes monopolios sedientos de nuevos mercados y nuevas fuentes de materias primas, que obligarían a la anexión de regiones del planeta menos desarrolladas industrialmente. En sus palabras “el capitalismo se transformó en un sistema universal de opresión colonial y asfixia financiera de la gran mayoría de la población del planeta por un puñado de países ‘avanzados’”. 

Esta nueva división internacional del trabajo, orquestada por las naciones imperialistas, les permitió obtener grandes beneficios y transferir a otras naciones los costes sociales y económicos de mantener su riqueza. De esta manera, pudieron mantener su posición de dominación hegemónica a través de la reproducción del subdesarrollo, la pobreza y la dependencia de las naciones que subyugaron, como las de América Latina. 

En este contexto, vale la pena caracterizar el papel asumido por las burguesías en los países latinoamericanos, pero para ello es necesario destacar primero una característica fundamental de la economía de los países periféricos (con su economía basada en la exportación): a diferencia de los países centrales, en los que la actividad económica está subordinada a la relación existente entre las tasas de plusvalía y la inversión, en los países dependientes el mecanismo económico fundamental proviene de la relación exportación-importación. Así, aunque la plusvalía se obtenga dentro de la economía, se realizará en el mercado exterior, mediante la actividad exportadora. Es decir, el excedente capaz de ser invertido sufre la acción directa de los factores externos, y la plusvalía realizada en la esfera del comercio mundial pertenece principalmente a los capitalistas extranjeros, dejando a las burguesías locales (en la economía nacional) sólo una parte de esta plusvalía. 

Estas pérdidas, sin embargo, fueron compensadas por las burguesías latinoamericanas mediante el aumento del valor absoluto de la plusvalía, lo que significa la mayor expropiación y sometimiento de los trabajadores, fenómeno que Marini (2017) denominó “sobreexplotación de la fuerza de trabajo”, y que constituye, en palabras del autor: “el principio fundamental de la economía subdesarrollada, con todo lo que ello implica en términos de bajos salarios, falta de oportunidades de empleo, analfabetismo, desnutrición y represión policial”. En resumen, la compensación a nivel de la esfera de circulación es un mecanismo que opera a nivel de la producción interna en los países latinoamericanos y la sobreexplotación del trabajador está ligada a las fuerzas productivas de estas economías fundamentalmente debido a que la actividad económica más importante está sujeta a la producción de bienes primarios (MARINI, 1990). 

Esta compleja formación económica y social, basada en el latifundio y la tendencia al monocultivo, contó siempre con el apoyo y las ganancias de las clases dominantes, socios locales minoritarios de los capitalistas de las naciones poderosas. Son sectores burgueses que se beneficiaron de los intercambios desiguales y actuaron como intermediarios y representantes del capital internacional. Identificar esta particular dinámica de dominación impuesta a los países latinoamericanos es fundamental para buscar construir un verdadero movimiento de emancipación: sin la superación del capitalismo y del imperialismo, que se aprovecha de las bases fundadas en la herencia colonial, no hay posibilidad de garantizar condiciones mínimas de acceso a los bienes comunes y a la riqueza producida socialmente. 

Fue en la profundización de las contradicciones generadas por el avance del poder estadounidense sobre los países de América que se desarrollaron las luchas y reflexiones marxistas sobre el imperialismo y las particularidades del capitalismo latinoamericano. La identificación del imperialismo estadounidense como un especial enemigo de los demás pueblos de América ya era evidente en las primeras décadas del nuevo siglo. No ocurrió lo mismo, sin embargo, en relación con el carácter deletéreo de las “”burguesías internas” (antes equivocadamente llamadas “burguesías nacionales”). Y aquí está una de las cuestiones más polémicas de los debates teóricos de las primeras décadas del siglo XX, un debate en el que destacan los grandes marxistas que interpretaron de forma auténtica las cuestiones nacionales de sus países (e incluso de América Latina en su conjunto), como el peruano José Carlos Mariátegui, el cubano Julio Antonio Mella y el brasileño Caio Prado Júnior, entre otros pensadores. 

Cabe destacar que en estas primeras décadas, además de la ya mencionada Revolución Rusa (1917) y de otros importantes avances en la organización de los trabajadores de la ciudad y del campo –como la Reforma Universitaria de Córdoba (1918), la organización sindical, la creación de nuevos partidos políticos y las alianzas obrero-campesinas–, también se resalta el impacto de la Revolución Mexicana (1910), proceso que propició el intercambio político e ideológico entre los pueblos de América.

Las burguesías domésticas antinacionales de América Latina

Desde una perspectiva ligada a la praxis revolucionaria, además del problema del imperialismo, otra cuestión fundamental para los pueblos de América es la necesidad de comprender objetivamente la acción política limitante operada por las “burguesías internas” latinoamericanas, una clase dominante que nunca ha sido “nacional”, como pensaron ciertos teóricos críticos sobre todo en la primera mitad del siglo XX, sino siempre una aliada subordinada de las burguesías de los países centrales del capitalismo. Clases, por tanto, “antinacionales”. 

Considerando que el proceso de emancipación política está en el origen de la nación, las secuelas de este movimiento implican las particularidades socio-históricas de los sectores que componen las clases sociales aquí generadas. El problema, que involucra directamente la cuestión nacional, está vinculado a temas recurrentes y fundamentales de la tradición marxista, como son: las formas y relaciones sociales que se organizan en nuestros países, la sociedad y el Estado (IANNI, 1995).

La reflexión sobre la “cuestión nacional” se remonta al siglo XIX, época en la que en Europa se produce un intenso debate sobre el significado de “nación”. En este periodo, “naciones” como Serbia, Irlanda y Chequia –pueblos con su propia etnia y lengua– estaban bajo la ocupación de las potencias imperialistas de la época (HOBSBAWM, 1991). El concepto de que la “nación” se caracterizaba por la “unidad” etnolingüística cobró fuerza y, por tanto, cada una de estas unidades debría reunirse políticamente en un único Estado.

Este problema, discutido en el contexto del comunismo internacional por Lenin y Rosa Luxemburgo, impone la necesidad no sólo de recuperar la consolidación de las instituciones políticas que conducen a la dirección y organización del Estado, sino también de tratar los aspectos que explicitan el orden desigual y opresivo dominado por las naciones imperialistas. 

Para ilustrar cómo la cuestión nacional fue un tema decisivo en el contexto que condujo a la Revolución de Octubre, Rosa Luxemburg llama la atención sobre el programa del Partido Obrero Socialdemócrata Ruso (POSDR) y sus legítimas preocupaciones al respecto. En el programa del POSDR, el líder de los espartaquistas mostró lo importante que era la supresión de los Estados y la completa igualdad de derechos para todos los ciudadanos, sin diferencia de “sexo, religión, raza o nacionalidad”, y también proclamó las premisas de que la “población de la nación debe tener el derecho de asistir a escuelas libres y autónomas que enseñen el idioma nacional”, y “usar su idioma en las asambleas, así como en todos los cargos estatales y públicos” (LUXEMBURGO, 1988).

Entre los exponentes de los partidos comunistas en Alemania y Rusia, es Lenin quien demuestra, además de la lucha de clases dentro y fuera de los territorios nacionales, la existencia de la lucha entre las “naciones opresoras” y las “naciones oprimidas”, que también debe ser estudiada dentro del horizonte de clase de la correlación de fuerzas y de las condiciones sociales, políticas y económicas que definen las estructuras de una determinada clase social. En un intento de defender la posición de los comunistas en relación con las luchas nacionales contra el imperialismo, el intelectual y dirigente bolchevique reconoce que “hasta ahora, nuestra experiencia común sobre este tema no es muy grande, pero poco a poco iremos reuniendo una documentación más y más abundante”, identificando la cuestión nacional como un elemento decisivo para la consolidación de las “necesidades revolucionarias” (Lenin, 1971).

Esta discusión había impuesto, desde el siglo XIX, grandes debates y desacuerdos en el seno del movimiento socialista: la propia Rosa Luxemburgo estaba en desacuerdo con Lenin, debido a la idea del “origen burgués de las polémicas nacionales” (LUXEMBURGO, 1988). Más tarde, la cuestión se incorporó a los debates sobre el programa del POSDR. Lenin, como uno de los líderes del partido, siempre tuvo el tema en la agenda. Sus afirmaciones a este respecto indicaban que en Rusia no sería posible que la revolución socialista triunfara sin prestar especial atención a la cuestión nacional: pues la ideología estatal del nacional-liberalismo pretende salvaguardar “los privilegios estatales de la gran burguesía rusa” (Lenin, 1986). 

La polémica con Rosa Luxemburg se debe a que Lenin entendía que la revolucionaria alemana no había visto lo fundamental que es la cuestión nacional para la autonomía de las naciones, y por tanto su importancia para el proyecto revolucionario. Para Rosa, la defensa de la cuestión nacional por parte de Lenin tendría como resultado la reestructuración del Estado nacional burgués. Sin embargo, es importante señalar aquí que tal apreciación no se corresponde con las afirmaciones de Lenin, para quien la autodeterminación de las naciones debía ser una de las exigencias del programa del partido revolucionario, que como tantas otras sólo podría aplicarse plenamente cuando la revolución socialista fuera victoriosa.

Es notable el esfuerzo de Lenin por elaborar algunas tesis sobre la cuestión nacional, sin quitar del horizonte el “asalto al cielo”, como objetivo central dentro del orden capitalista y la consiguiente lucha de clases que enfrenta el POSDR. La particularidad esbozada es entender que la lucha de clases se desarrolla en un “terreno nacional”, adquiriendo un “carácter internacional”. La lucha de la clase obrera contra la explotación exige una firme solidaridad y una estrecha unidad de los trabajadores de todas las naciones, al igual que la resistencia a la política “nacionalista burguesa” es independiente de la nacionalidad. Así, es necesario comprender el carácter clasista de la cuestión nacional para que no genere ilusiones y confusión entre la clase obrera, evitando así, como bien señala Lenin: “dividir para el placer de la burguesía”; “la negación del derecho de autodeterminación significará, en la práctica, el apoyo a los privilegios de la nación dominante” (Lenin, 1986).

***

Cuando examinamos el caso de América, pronto se hace evidente que esta noción de “nación”, a diferencia de la de los europeos e incluso los asiáticos, no se ajusta a nuestros pueblos. No podemos pensar en nuestras naciones mestizas predominantemente en términos étnicos, y mucho menos lingüísticos (dadas nuestras lenguas impuestas por las metrópolis). Estos formatos prefabricados de interpretación que nos llegaban (y siguen llegando) desde la realidad europea, perturbaron la autenticidad de muchos análisis de la tradición crítica, sobre todo hasta mediados del siglo XX. 

Para entrar en este debate, es necesario primero darse cuenta –como muestra Caio Prado (2000)– de que nuestros países se constituyeron a partir de la expansión mercantil de las fronteras europeas. Esta condición nos sitúa en la “periferia” del capitalismo, este sistema cuya consolidación se basaría no sólo en la riqueza material, sino también en el conocimiento indígena (CASTRO, 1951). 

Tales discusiones fueron centrales en aquellos tiempos de formación de una auténtica reflexión sobre las realidades nacionales, dando lugar a una problemática polarización: en un extremo, los marxistas de concepción mecanicista o dogmática, que intentaban encajar artificialmente nuestras realidades en el modelo europeo (entonces considerado “universal”); en el otro extremo, los intelectuales progresistas, a veces cercanos al marxismo, pero excesivamente relativistas, que se desviaban de la tradición crítica totalizante, al exagerar las supuestas “especificidades regionales” de sus pueblos (LÖWY, 2006). 

A partir de estas dos concepciones defectuosas, los errores de interpretación histórica darían lugar a graves malentendidos políticos. En el campo de las ideas revisionistas destaca el pensamiento nacionalista-ecléctico de Haya de la Torre –de la Alianza Popular Revolucionaria Americana. Se trata de una posición procedente de la pequeña burguesía, y que daría lugar a una especie de indigenismo “filantrópico” (MARTINS-FONTES, 2018). 

Haya visitó la URSS y fue un admirador de Lenin, pero no del Lenin total –intelectual y hombre de acción– sino del gran líder que movilizaba a las multitudes. Además, absorbió ciertas ideas antiimperialistas (HAYA DE LA TORRE, 2017); pero sólo en la medida en que interesaba al paternalismo aprista burgués-nacional, con sus pretensiones de gran vanguardia libertaria.

En el otro polo de estos equívocos, el error del marxismo vulgar (de matriz eurocéntrica) deriva del intento de elaborar los problemas de América dentro de esquemas que, si bien pudieron ser acertados en el caso de los pueblos europeos, no fueron adecuados para nuestros pueblos, impidiendo la elaboración de una visión más justa que pudiera tener eficacia práctica. Este problema tuvo su “resolución” histórica, como sabemos, en la dura derrota sufrida por el movimiento socialista en muchos de nuestros países a partir de la década de 1960, con la instalación de regímenes militares contrarrevolucionarios “bonapartistas” (RAGO FILHO, 2001).

Entre las cuestiones fundamentales de estos debates estaba la idea de que el colonialismo en nuestras naciones había conformado modos de producción “feudales”, y que esto había dejado huellas después de la independencia, por lo que era necesario llevar a cabo una “revolución burguesa” previa. La consecuencia de esto sería la orientación estratégica que defendía la alianza de los comunistas, de forma sumisa, con fracciones de las clases dominantes (partes de la burguesía que se creían con intereses “nacionales”).

***

A partir de las vastas consecuencias sociales y teóricas de la Revolución Rusa, se crearía la Internacional Comunista, organización en cuyo seno se profundizarían las discusiones marxistas sobre la realidad de los pueblos de América. En estos nuevos debates, grandes pensadores críticos de América vendrían a jugar un papel protagónico, aportando certeras interpretaciones histórico-dialécticas de nuestras cuestiones nacionales, conceptos que convergen en la necesidad de un movimiento obrero independiente (reuniendo campo y ciudad) –lo que, aunque establezca alianzas puntuales de urgencia, no se someta a supuestas parcelas burguesas “nacionales” (inexistentes). 

Hoy, en un contexto de agravamiento de la crisis estructural del sistema, con el consiguiente aumento de la violencia capitalista (actualmente en forma neoliberal), vemos el verdadero rostro de la burguesía latinoamericana: entreguista, antinacional y hasta fascista, cuando siente amenazado su poder.

Yuri Martins-Fontes, Solange Struwka, Paulo Alves Junior**

octubre de 2022

Referencias bibliográficas

CASTRO, Josué. Geopolítica da Fome. São Paulo: Brasiliense, 1951.

CUEVA, Agustín. O desenvolvimento do capitalismo na América Latina. São Paulo: Global, 1983.

FERNANDES, Florestan. Poder e contrapoder na América Latina. Rio de Janeiro: Zahar, 1981.

HOBSBAWM, Eric. Nações e nacionalismos desde 1780. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1991.

HAYA DE LA TORRE. La devoción por Lênin (original: Claridad, nov. 1924, ano 2, n.7). Vanguarda Aprista. Disp: vanguardiaaprista.com. Acesso: 01/ago/2017.

IANNI, Octavio. O labirinto latino-americano, Petrópolis (RJ): Vozes, 1993.

LÊNIN, Vladimir Ilitch. Lenine e a IIIª Internacional. Lisboa: Estampa, 1971.

LÊNIN, Vladimir Ilitch. O imperialismo: fase superior do capitalismo. São Paulo: Global, 1987.

LENIN, Vladimir Ilitch. Obras escolhidas. São Paulo: Alfa Ômega, 1986.

LÖWY, Michael (org.). O marxismo na América Latina. São Paulo: Perseu Abramo, 2006.

LUXEMBURGO, Rosa. A questão nacional e a autonomia. Belo Horizonte: Oficina de Livros, 1988.

MARIÁTEGUI, José Carlos. Siete ensayos de interpretación de la realidad peruana. Lima: Amauta, 1989 [1928]

MARINI, Ruy Mauro. Dialética da Dependência (trad. Marcelo Carcanholo e Carlos E. Martins). México: Editora Era, 1990 [1973].

MARINI, Ruy Mauro. Subdesenvolvimento e revolução. Florianópolis: Insular, 2017 [1968].

MARTINS-FONTES, Yuri. Marx na América: a práxis de Caio Prado e Mariátegui. São Paulo: Alameda/Fapesp, 2018.

MARTINS-FONTES, Y. STRUWKA, S.; ALVES Jr., P.. Pensamento crítico e questão nacional na América Latina do entre-guerras. In: SUZUKI; NEPOMUCENO; ARAÚJO (orgs.). A dimensão cultural nos processos de integração entre países da América Latina. São Paulo: PROLAM-USP/FFLCH-USP, 2021. Acesso: 6 jun. 2022. Disp: http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/download/735/653/2420?inline=1

MARX, Karl. O Capital: para a crítica da economia política (Livro I, volume II). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2013.

PRADO JÚNIOR, Caio. A Revolução Brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966.

PRADO JÚNIOR, Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo, Brasiliense, 2000 [1942].

RAGO FILHO, Antonio. Sob este signo vencerás! – a estrutura ideológica da autocracia burguesa bonapartista. Cadernos AEL, v.8, n.14/15, 2001.

VIEIRA, C. A. Cordovano. Passado colonial e reversão no Brasil contemporâneo. In: LIMA Fo.; MACEDO; NOVAES (orgs.). Movimentos sociais e crises contemporâneas: à luz dos clássicos do materialismo crítico (v. 3). Marília (SP): Lutas Anticapital, 2018. 

Notas

* Este ensayo es una versión revisada de la primera parte del artículo “Pensamento crítico e questão nacional na América Latina do entre-guerras”, capítulo del libro A dimensão cultural nos processos de integração entre países da América Latina  (Prolam-USP/ FFLCH-USP, 2021).

**Sobre los autores:

Yuri Martins-Fontes es doctor en Historia Económica (USP-Brasil/CNRS-Francia), con estudios posdoctorales en Ética y Filosofía Política (USP) e Historia, Cultura y Trabajo (PUC-SP); escritor, filósofo y coordinador del Núcleo Práxis da USP. 

Solange Struwka es doctora en Psicología Social (USP); profesora adjunta de grado y postgrado en la UNIR (RO); miembro del Movimento de Mulheres Camponesas (Brasil) y coordinadora del Núcleo Práxis da USP. 

Paulo Alves Jr. es doctor en Sociología (Unesp); profesor asistente de Historia en la Unilab (BA); coordinador del Núcleo Práxis da USP y miembro del Centro Integrado de Investigação Transdisciplinar ‘Cultura, Espaço e Memória’ de la Universidad de Oporto.

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As dificuldades de Putin na Ucrânia não mudarão a determinação de Xi Jinping de atacar Taiwan

As dificuldades de Putin na Ucrânia não mudarão a determinação de Xi Jinping de atacar Taiwan

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A guerra na Ucrânia pode estimular uma crise global de alimentos

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Notas sobre as guerras e o pacifismo raso

Notas sobre as guerras e o pacifismo raso

Não detenhas um exército que recua à casa; o inimigo lutará até a morte. 

Ao adversário cercado deve-se deixar uma saída… 

Não pressiones demasiado um inimigo em desespero

 (Sun Tzu, “A Arte da Guerra”)

Breve decálogo sobre as guerras, em tempo de acirramento bélico e pacifismo raso – se não demagogo. Uma reflexão sobre a categoria marxista da totalidade, que é bem mais de que a soma das partes (pois que em movimento). E algumas sugestões para palavras de ordem menos etéreas.

Preâmbulo sobre o bélico presente

Não há como se compreender um conflito armado tomado pela emotividade, pelo sentimento de tristeza que causam as desgraças sempre presentes em cada uma de suas batalhas; sem que se observe em detalhes os interesses e principais forças ocultas por detrás dos tantos fantoches.

Tempos bem esquisitos estes em que, ao invés de se ouvir socialistas, humanistas, dizerem em uníssono “pelo fim da ofensiva da OTAN, para que parem os bombardeios (dos acuados) russos”, ou ainda “pela derrubada do golpismo ucraniano ‘laranja’ (e de suástica à vista)”, ouve-se desvairados purismos, tal qual esse descuido que vem ressonando em ambientes assépticos: “pelo fim dos bombardeios russos e (assim que der) da OTAN”. 

Nesta exigente palavra de ordem – ou quem sabe seja antes uma comanda divina – só faltaria incluir algo como “pelo fim imediato do capitalismo, dos dedos nos olhos globais, e ainda pela extinção de todas as maldades e iniquidades do universo – e tem que ser hoje!”. 

Como demonstrou Karl Marx, após a observação isolada dos diversos aspectos de problemas sociais, por demais complexos, há sempre que se reportar à realidade maior, à totalidade concreta que relaciona tais problemas. E este cuidado deveria ser tão mais considerado à medida que o debate envolva temas de urgência humanitária, seja o da fome, das epidemias, da destruição do metabolismo planetário, seja o do poder bélico e controle despótico do mundo. 

Notas sobre as guerras

1- Ninguém em seu são juízo gosta ou aprecia uma guerra – o afã por competitividade é um dos aspectos patológicos do sistema capitalista;

2- Nem sempre aquele que dá o primeiro tapa é o que agrediu primeiro – ou o vilão; detrás da guerra deflagrada (em ato), há os conflitos latentes (em potência), mais abrangentes;

3- Ainda que seja extremamente complexa em suas causas, motivações imediatas, possibilidades de desfecho ou consequências futuras, diante de uma guerra aberta, já deflagrada entre duas frentes, cabem somente dois caminhos – um ou outro lado [*E ao contrário do que diz o Estadão, no presente não há assim uma “escolha tão difícil”];

4- Bradar pelo empate, pela paz dos deuses, exigir imediatamente a imediata humanização do ser humano milenarmente desumanizado é – na melhor das hipóteses – sussurrar aos pássaros que voam;

5- Optar pela neutralidade, pela suposta paz (completamente fora da possibilidade de paz), abster-se de escolhas em um conflito exposto, mesmo tendo consciência histórica dos interesses que o compõem – inclusive de terceiros indiretamente envolvidos em alguma das frentes–, significa sempre e unicamente (como bem lembra Sartre): apoiar o mais forte; 

6- Fomentar desde fora a resistência de um exército frágil, sem oferecer-lhe reais condições de vitória, sem se assumir uma posição manifesta no confronto deflagrado, serve apenas para prolongar escaramuças, para aprofundar ao final as perdas de ambos os opositores, vitoriosos e derrotados (inclusive causando mais danos aos civis entre fogos) – situação que só interessa a terceiros, a outros inimigos não diretamente envolvidos no presente conflito, mas desejosos do próximo;

7- Quanto maior for o equilíbrio prévio de forças opostas em tempos de paz – da paz instável e armada a que se vem chamando guerra fria –, menores serão as audácias, os arroubos bélicos;

8- Armas mortíferas, que ameaçam a espécie como um todo, são prova maior da derrota humana que é a razão instrumental moderno-burguesa – melhor não existissem nunca; mas em existindo, e sobretudo, estando em posse de inimigos, que oxalá as tenham também alguns inimigos desses inimigos; ou por assim dizer: bombas, melhor não tê-las, mas se as têm, melhor aos pares;

9- Mais perigoso de que o monopólio das ideias, da imprensa, da economia, das almas, do discurso sobre o que é ou não cultura e civilização, é o monopólio do poder geopolítico (pois garante boa parte dos demais);

10- Para as periferias do mundo, mais vale dois patrões – ou potências – estremecidas, que brindando alegremente.

Dito isto, faça-se coro ao coração dos pacifistas! Mas sem permanecermos tão no raso… 

Pelo fim da guerra – das guerras –, das epidemias e desastres induzidos pela ganância! Pelo fim da fome, do uso vil da miséria como arma de guerra! 

Pelo cessar das atrocidades cotidianas – pela Palestina independente, integral, sem a ignomínia de um apartheid neofascista adornado com lantejoulas democráticas! Pelo Afeganistão e o Iraque livres, pela Líbia reconstruída… e a Sérvia-Iugoslávia! 

Pelo fim também das sanções econômicas, estes fuzis indiretos – mas tão diretos – que violentam economias não alinhadas em busca por autonomia: pelo direito de Cuba, Venezuela, Irã seguirem seus caminhos! 

E outrossim – já que tudo se pode sonhar, gritar e, por que não, pôr no papel: por um Brasil livre desse maldito golpe cujo atraso nos martiriza há quase 6 décadas, e quase sem ininterrupções. 

Mas claro, para que as divagações etéreo-socialistas mantenham suas asas de cera longe do sol, voltemos ao tema do fogo aberto, pois também na Terra a chapa anda quente… Então: pelo fim dos bombardeios gerais, em especial, não esquecer, dos massacres perpetrados – neste mesmo momento em que estas linhas são escritas – pela OTAN e Israel ontem na Síria, em Gaza, hoje no Iêmem, na Somália! Aliás, tratam-se de atrocidades mais sangrentas de que a que ora estoura na Europa em queda-livre, subalterna e fascistizada. Mas certa esquerda menos sensível às civilizações “bárbaras” (que se diz-que-existe, até mesmo para além do Mediterrâneo) não teve tempo na agenda para observar, enquanto discursava inflamada acerca da necessária paz entre pretensos arianos, no intervalo de um ou outro copo de vinho Bordeaux.

*

Os socialistas de todos os campos, de anarquistas a social-reformistas – incluindo os ditos esquerdistas, anticapitalistas, humanistas ou mesmo os adeptos de outros adjetivos mais puros –, ganhariam em qualidade interpretativa da realidade se apreendessem ao menos uma ideia básica com o comunismo marxista, com o pensamento da práxis: a noção de totalidade, de imbricamento entre o todo e as suas partes. Partes estas cuja análise minuciosa, ainda que de suma importância, não pode bastar-se em si mesma, mas tem de ser referida novamente ao todo, incluída no entendimento do todo, para assim ajudar a recompor, a partir de novas percepções dos diversos aspectos do real, a concepção da totalidade concreta – e em movimento conflituoso –, na qual estamos inseridos. 

*

Em suma e finalmente: por tudo de ético e belo e bom e harmônico que as imaginações crítico-críticas, senhoras dos mais perfeitos julgamentos e valores, puderem sonhar! 

Mas também: por tudo de mais urgente, de mais chão, de mais objetivamente terreno que as mentes prático-idealistas menos indolentes puderem realizar, ainda que não tão bem-feito, ainda que menos nobre. 

E que um dia, tomara, possamos fazer melhor o necessário, o básico, o inadiável – e de modo mais bem-feito. Teorias, efetivamente, comprovam-se apenas na prática – já dizia Marx, em sua famosa e breve frase que sintetiza a filosofia da práxis e funda o pensamento contemporâneo. 

*

Pelo fim da modernidade, do cientificismo mecânico, do progresso tecnicista, competitivo, que à revelia do humano se calcula no lucro!

Yuri Martins-Fontes

Foto : 

Esta foto é de 21 de outubro de 1967 de um protesto em frente ao Pentágono contra a Guerra do Vietnã.  Marc Ribaud nasceu em Lyon, França, em 24 de junho de 1923 e foi fotógrafo freelance.

Fonte : Flickr.com

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By: 【秘密翻译组-精翻组 G-Translators/Elite Team】

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